terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sessão de esclarecimento no IEFP

    A minha saga pela criação da minha empresa de doces continua. Desta vez no IEFP.
    Nada de novo (já conhecia a lei). Fundos perdidos já não há. Eles dão o dinheiro do desemprego de uma vez só mas tem de se ter uma candidatura viável (o que está certo). Se precisarmos de mais dinheiro temos empréstimos bancários bonificados, com os bancos que fizeram protocolos. Neste caso a avaliação e parte do controlo é feito pelo banco (o que levanta alguns problemas). Mas nada de novo.
    Mais uma vez a plateia tem umas perguntas originais. "Quero mudar de actividade.", "Mas está desempregado involuntariamente?". "Quando eu cessar a minha actividade, sim". "Quero criar uma empresa para fazer as entregas de uma empresa", "O que quer dizer é: para fazer entregas de quem lhe solicitar?!" "Não... a empresa para quem vou fazer entregas não quer que eu seja seu empregado, quer pagar à tarefa". Enfim... percebo o que as pessoas querem perguntar e não conseguem expor de outra maneira. A Dr.ª do IEFP também percebe mas não pode responder doutra maneira a não ser: "mas isso não está correcto"., tem de responder legalmente e claramente.
    Também fiz algumas perguntas e sem querer pus a plateia a discutir. Apenas perguntei por apoios não monetários (procedimentos, licenciamentos, fiscais, segurança social). A resposta foi: não há, não sabem responder e não sabem quem sabe. "Somos estanques", apenas sabem sobre os seus apoios. A plateia começou logo toda a queixar-se... e acabou a sessão (ou ainda acabava à pancada).
Senão pior, pelo menos fiquei na mesma.

(nota: se alguém ficou com curiosidade sobre os empréstimos bonificados tenho a dizer que o spread máximo aplicado pelo banco é de 0.25.... MAS são os bancos que avaliam a candidatura e não são obrigados a dar o dinheiro caso o negocio seja viável. Logo ou temos um grande negocio nas mãos, com retorno infalível, sucesso garantido e risco zero ou eles chumbam a candidatura. Eles não têm dinheiro e de certeza não vão emprestar a 0.25 de spread o pouco que têm. ( Só para terem uma ideia, os spreads dos funcionários do próprio banco é mais alto)

4 comentários:

Prime disse...

O spread aplicado pelo banco identico para todo o mercado. Apenas com estes protocolos a diferença paga por todos os contribuintes e nao pelo candidato ao emprestimo. Por isso o banco nao perde nada em contratar um credito ao abrigo deste protocolo.

Anónimo disse...

Muito bom dia!
Não sei se já sabia mas há um Alentejano que vai, de certa forma, acompanhando o seu blog…sou eu!
Muito obrigado pela sua partilha de experiencias, pois alguns dos seus gostos e vontades são parecidas às minhas.
Reparo que, infelizmente, tem tido alguma dificuldade de encontrar financiamento para o seu projecto. Eu sugiro que dê uma olhadela na página: http://www.proder.pt/PresentationLayer/homepage.aspx em que há varias acções para o desenvolvimento local. Aqui na minha zona existe uma associação que lhe foi confiado o acompanhamento e ajuda a quem recorre a estes fundos. É uma questão de procurar!
Mais uma vez muito obrigado e força para seguir em frente com os seus objectivos.

Anónimo disse...

Bom dia! Sou um simples cidadão que, sem querer, deu com seu blogue. Deixo-lhe um inofensivo mas sentido sinal de força para que consiga pôr o seu negócio em marcha! Não desista! Seja persistente! Apareça, chateie, insista. Seja nos bancos, no IEFP, onde for...

Ana Mourão disse...

Olá Kastanon,
Obrigada pelo esclarecimento. Estava a estranhar o banco ficar a perder. Assim já há mais hipoteses.

Olá Alentejano,
Agardeco o comentário. Já conheço o Proder, por agora as candidaturas estão encerradas. A associação aqui da zona apenas aprova ou não a candidatura, não ajuda a elaborar e a implementar, para isso há empresas privadas, onde se paga mesmo sem aprovação. Alguem me dizia que ninguém dá nada...

Olá anónimo
Obrigada pela força. Não desisto, vou chatear e "melgar". Sei que não sou a unica que se depara com o excesso de exigencias e burocracias que a Administração exige, basta ver a televisão. Mas vou continuar.
Obrigada a todos, voltem sempre
Ana